(Des):nudas - sangue e gozo

Romance Ilustrado.
Rozi Brasil:
“Na história de Beatriz, ser mãe antes de casar é deixar de ser filha, deixar de contar com a família e como todas as mães, deixar de ser mulher para ser só a mãe...”
“Os temas abordados por Gilda Portella em (Des)nudas: sangue e gozo, não são para iniciantes, ela mesma não é uma escritora iniciante sob o ponto de vista que sua literatura emerge da oralidade e se sobrepõe ao apagamento sofrido pelas mulheres que desde os primórdios escrevem.”
 
Heloísa Buarque de Holanda:
“O que me fascinou nesse livro de Gilda foram exatamente os processos e os limites da descoberta do corpo de uma mulher. Processos penosos porque sombrios, sem nitidez, obrigando a personagem a farejar, na força e na dor, fragmentos, sinais de sentido que muitas vezes não se encaixam...”
“[Mensturação] momento de virada, momento inaugural. Ao contrário, nossa personagem se surpreendeu perdida, humilhada, radicalmente só. Da mesma forma, vagas informações da necessidade da castidade sobrevoam sua mente. Fala o padre, comenta-se na família, ecoa no vizinho. Mas, de novo, ninguém vê Beatriz, menina se transformando em mulher. É quando se descobre grávida, percebe uma gravidez não imaginada, nunca pensada.”
 
Drica Madeira:
“O mundo no qual estamos inseridas precisa dessa escrita que desestabiliza a estrutura patriarcal carcomida que limita nossos corpos, vozes e sentimentos, um mundo cujas questões de gênero determinam sim as estruturas de poder, um mundo baseado na violência que gera exclusão.”